Europa_33: Itália: Vaticano

No meu terceiro dia em Roma, eu fui ao Vaticano. Cheguei bem cedo, às 7h30 porque queria antes de ir ao Museu (eu tinha comprado online para o horário das 9h) à Basílica de San Pietro ver minha Pietá de Michelangelo que para mim é a escultura mais perfeita que existe. 

Como cheguei bem cedo, não peguei nenhuma fila e entrei direto. Passei pelo posto onde eles verificam as suas roupas, passei pelo raio-x e entrei. A basílica é muito grande e bonita. 


Quando entramos à direita está a Pietá, bem longe, porque só podemos nos aproximar dela quando termina a missa que é volta das 9h, como me informou o guarda quando na saída perguntei se é possível vê-la de mais perto. Andei por toda a basílica, o trono de San Pietro é lindo bem como o altar. Tinha muitas freiras rezando por ali e depois de perguntar ao guarda sobre a Pietá fui caminhando aos Museus do Vaticano. Como eu tinha essa visita agendada não poderia ficar até o horário que ele disse, mas eu voltaria ou depois a visita ou na manhã seguinte sem falta.

 

Da basílica ao museu é só seguir as placas e em 10, 15 min cheguei. No caminho já fui vendo várias barracas com camisas super baratas e com uma qualidade de tecido muito boa e aí descobri quais seriam os presentes para o meu pai e irmão. 

 

Cheguei no museu e já estava sendo formada uma pequena fila, mas como eu tinha agendado, fui logo entrando, vi a escultura que o Paolo disse para eu prestar atenção e segui pelos lindos corredores do museu. Eu adorei o museu do Vaticano. 

 

É muito, muito lindo e tem muito para se ver e imaginar todas aquelas esculturas pelas ruas da Roma Antica é um ótimo exercício mental, porque são realmente muitas! De forma bastante inteligente, fui diretamente a Capela Sistina para depois poder apreciar o museu com calma e não ter que ficar naquelas enormes filas para conseguir entrar na Capela Sistina. (Fiz o mesmo no Museu do Louvre, porque muitas pessoas entram e nem olham para o lado querendo chegar na Monalisa, Gioconda e depois dão uma voltinha e saem do museu). O mesmo acontece aqui, ouvi muitas pessoas falando que ali só tinha a Capela Sistina para ver e que já poderiam ir embora. Uma pena! O museu do Vaticano, está logo depois do Louvre pra mim, e ainda com a vantagem de ser muito mais amplo e não me deixou com a sensação de estar sufocada como aconteceu em alguns lugares do Louvre.

Fui à Capela Sistina e o que dizer? Tenho minhas dúvidas se Michelangelo realmente era um homem ou um dos deuses que veio à terra. 

Fila para Capela Sistina. Não pode tirar fotos.

Esse é um ponto que descobrimos ao observar qualquer forma de arte na Europa: a perfeição existe sim! É inconcebível aos olhos ver tanta perfeição como o é a Capela Sistina em apenas alguns metros de parede e teto. Fiquei uns bons 15 minutos. Olhando, absorvendo, admirando cada ângulo, cada imagem, cada cor. É realmente incrível. Passados esses minutos de total deleite aos olhos e à alma também, fui percorrer o museu e fiquei encantada com os salões, artes, a sala de esculturas romanas é maravilhosa, o piso com os desenhos em mosaicos, riquíssimos em detalhes. E pude ver várias esculturas da Medusa. Medusa e dragões estiveram presentes em toda a viagem. 

 

Nunca imaginei que fossem tão presentes na cultura antiga, mas o número de representações fosse na Itália ou na França desses dois em todas as formas: esculturas, pinturas, em armaduras e símbolos das antigas famílias é incontestável!

Saí do museu maravilhada e fui caminhando pelo lado do rio até chegar a Piazza del Popolo, que também tem um obelisco egípcio e diversas representações egípcias ao redor da piazza. Ela é linda, grande e não tem tanta gente como na piazza Spagna. 

 

Quando cheguei estava tendo uma cerimônia funerária da Aeronáutica. Ali, fui até o chafariz deixar meus pobres pés descansar e colocar um chinelo. Fiz um lanche e voltei caminhando com calma pelas ruas romanas, comprei um sabonete líquido com um cheiro de cereja maravilhoso. Também comprei um copo com as cerejas mais vermelhas e gostosas que já comi por 1 euro. E fui caminhando até o lugar onde aconteciam as corridas de bigas que fica por trás do Coliseu. Antes passei pelo Teatro Marcelo e fui entrando por aquelas ruas até chegar no local onde aconteciam as corridas. Este é um espaço enorme e vazio. 

A famosa escada saindo do Museu do Vaticano. Belíssima é pouco!

Como somente servia para as corridas, com o passar do tempo teve outros usos, mas os espaço sempre ficou aberto. Na verdade, é mais para ver o longitude da coisa porque não tem nada não ser lá na ponta onde tem um pedaço do que sobrou das ruínas originais. Dali fui caminhando de volta ao Coliseu e fui para casa onde ficava conversando até por volta das 2h da manha com Paolo. Imagine você: uma historiadora e viajante com um arquiteto romano!As conversas eram ótimas, longas, divertidas e com isso fiquei sabendo muito mais de Roma :)