EUROPA NO INVERNO 04: "Inverno, queijos, vinho e crêpe em Paris"

PRIMEIRO DIA EM PARIS. LOUVRE E EMOÇÃO: CHORAMOS!

 

Chegamos em Paris! O voo foi super tranqüilo, o único incômodo foi que o boeng da Tam em que viemos era grande, mas os assentos super estreitos, não inclinavam quase nada. Muita gente, inclusive a Nair, ficou sem ver nada, porque o monitor não funcionava e não resetaram para voltar a funcionar. Enfim, tirando isso foi tudo ok.

Para passar pela imigração foi tudo bem e rápido. Sem grandes filas, apresentamos o passaporte, recebemos o carimbo e fomos esperar a bagagem. Mesmo ali, tudo em ordem, tranquilo e silencioso.

Fiquei surpresa em ver que o valor da passagem ainda é a mesma de quando estive em Paris em 2012. O ticket para sair do aeroporto até Paris de trem e metrô foi de 10,90e. O que foi diferente para mim foi a saída do terminal, pois tivemos que pegar um ônibus de um terminal a outro. Muito moderno e rápido. Como o aeroporto é enorme realmente é necessário. Da outra vez cheguei por um terminal no qual apenas precisei caminhar até a estação. Basta ler as placas e as indicações que saberá se desceu onde vai caminhando ou se é necessário pegar o bus como fizemos. No metrô já fui mostrando à Nair a questão dos imigrantes em Paris e ela ficou impressionada em ver uma mãe colocar o carrinho com a criança dentro num espaço do vagão e ir se sentar.

O nosso coucher, o Arty, foi nos esperar no metrô como combinado. Ele é simpático, um pouco tímido, mas super gente boa. Na verdade eu acho qualquer pessoa que abre a sua casa para receber pessoas que não conhece gente boa. Deixou-nos uma cópia da chave, o código da porta e depois de conversarmos um pouco fomos, Nair e eu, passear pela fria noite de Paris. Estou muito feliz por estar novamente aqui. O Arty mora numa região super central, no 2º. arrodissemant, a poucas quadras do Museu do Louvre e da Igreja de Notre Dame. Melhor localização impossível! 

Comemos algo: um prato com 3 tipos de queijos  maravilhosos(fatias finas) e pães (7e), bebi meu primeiro vinho da viagem (3e) e fomos até o Museu do Louvre caminhando. 

 

A Nair estava encantada com a cidade, mas quando chegamos no Louvre a ficha caiu de que realmente estávamos em Paris e ela chorou e eu também. A emoção tomou conta exatamente como na primeira vez. A visão do Louvre é de tirar o fôlego!!!! Muito mais que a Tour Eiffel.

Depois de tirar um montão de fotos, continuamos caminhando pela noite parisiense para ver ela de mais perto, a Tour Eiffel! Iluminada e linda! 

O único problema dessa noite foi que fiz a Nair caminhar num ritmo acelerado e ela ficou com os pés doendo (porque será que todas as pessoas que passeiam comigo passam por isso? Devo ficar mais atenta) e nos atrasamos e perdemos o encontro com o Arty e seus amigos para beber algo e conhecermos um pouco da noite parisiense. Uma pena mesmo.

SEGUNDO DIA: UN BEAU DIMANCHE A PARIS!

Hoje acordamos tranquilas, fomos ao Ladurée tomar o café da manhã. Mas como chegamos às 12h o melhor foi almoçar, pois o menu do café da manhã é servido até às 12h. Comi um sanduíche que veio muito bem servido e uma infusão chamada White Coffee que estava muito boa. Os valores vão do razoável ao caro. Se chegar mais cedo e pedir coisas individuais a conta será ok. Se for para almoçar ou jantar é onde precisa ter cuidado. Porém o menu tem tudo muito bem separado e detalhado. A minha conta por exemplo deu 26e, sendo que pedi o sanduíche Club Ladurée, o White Coffee e de sobremesa 1 macaron de pétalas de rosas que estava mais que maravilhoso. O perfume das rosas e o sabor delicado é algo que não dá para explicar. O lugar é lindo, decoração delicada e luxuosa ao mesmo tempo. No total, não foi caro se penso no lugar e na excelente comida. 
Para chegarmos lá compramos 10 tickets de metrô que também serve para o trem. O valor unitário é de 1.70e, mas comprando 10 você paga apenas 8. Há diversos tipos de tickets. Veja o que se adequa melhor à sua viagem. Há promos para tickets de fim de semana, mas não para um dia como acontece em outros países europeus. Como eu ando muito e na minha opinião todas as cidades da Europa têm muito o que ver a cada esquina, acredito que movimentar-se todo o tempo com qualquer transporte é perda de tempo. Estará deixando de ver muitas coisas, as pessoas, sentir a cidade em si. Por isso compramos 10 tickets para as duas e no final destes 3 dias ainda sobrou um. Os tickets sao todos separados e há máquinas para comprar em todas as estações. Fique ligado porque em algumas não tem ninguém atendendo é apenas na máquina mesmo. Elas dão troco e você pode tranquilamente pagar com moedas, notas e cartão de crédito.

Esqueci de comentar algo que aconteceu antes do Ladurée. Quando chegamos no Arc de Triunf vimos o pessoal aplicando o golpe do anel. Inclusive fizeram conosco. Uma mulher parou na minha frente, abaixou e achou um anel e perguntou se era nosso.  Ainda mostrou que era de ouro 7kg. Eu disse que não e ela disse então que era um presente já que ela tinha aneis e quando continuamos a andar a Nair disse que ela estava vindo quando eu olhei ela perguntou se tínhamos algo para dar porque ela estava com fome. Como eu disse que não tinha nada trocado, ela disse ok e eu devolvi o anel que provavelmente ela usaria em outra pessoa. E enquanto andávamos vimos um casal e a mulher segurava um anel idêntico e várias outras pessoas, entre homens e mulheres aplicando o mesmo golpe. É realmente algo muito sutil, mas é só dizer que não, que não tem trocado que eles te deixam numa boa.

Bem, depois disso fomos para a Avenida Champs-Elysée, Ladurée e seguimos caminhando. Como tinha uma manifestação contra o casamento gay, os metrôs foram fechados e vimos vários policiais. 

 

Sem metrô, seguimos para o Louvre e nos deliciamos no Jardin de Tulheries e tiramos muitas fotos, uma vez que a fila do museu era imensa deixamos para ir depois. 

Depois fomos, tudo caminhando, até a Ile de La Cité, até Notre Dame, sempre linda, diga-se de passagem! E ao terminar a visita nos sentamos para comer um crepe de nutella (3,5e) com vinho quente (3e), eu, porque a Ná tomou um chocolate quente (3e), para acompanhar a bela tarde olhando para a Notre Dame e suas famosas gárgulas enquanto comíamos. 

Foi um passeio muuuuito bom. O dia estava frio, mas um frio gostos que não passou dos 9 graus, mas isso não nos intimidou porque o dia estava bárbaro de lindo, um céu muito azul e andar ajuda a esquentar.

Foi un beau dimanche a Paris! E agora, depois de subir todas as fotos, vamos dormir porque amanhã cedo sairemos de Paris e vamos à cidade de Joana D’Arc: Rouen!

 

TERCEIRO DIA EM PARIS: DESPEDIDA COM QUEIJOS E VINHO.

Este dia nós passamos a grande parte na cidade de Rouen (próximo post) e voltamos à Paris por volta das 16h30. Aproveitamos e ficamos um tempo pelas lojas de dentro da estação Saint-Lazare. Tem muitas lojas legais e uma em particular nós gostamos muito pois tinha muitos artigos para decoração, todos lindos, modernos, com muitas cores e charmosos e uma sessão somente de guloseimas incríveis como lavandas cristalizadas, chocolates em diversos formatos e muitas balas. Realmente é um bom lugar para dar uma passadinha quando estiver já voltando pra casa. Dali, fomos ao super comprar algumas coisinhas para jantar e para a viagem a Brugge no dia seguinte. Adoro supermercado. E na Europa então é melhor ainda. Os preços são muito baratos para a quantidade de excelentes produtos e diversidade. A parte dos queijos é sempre o que gosto mais, definitivamente. Comprar bons queijos, de tudo quanto é região, sendo o  mais caro por volta de 6e é realmente algo incrível. Amo queijos. Pena que por aqui não tenhamos essa diversidade e que qualquer coisa que não seja mussarela seja tão caro. Visitamos algumas outras lojas e então fomos até a Ópera Garnier de Paris. 

Que edifício lindo! Muito mais lindo do que eu imaginava. Ainda preciso assistir uma ópera ali. Dessa vez não tinha nenhuma ópera. Uma pena. Depois de tirar muitas fotos, fomos até a famosa Galerie Lafayete. É muito próximo, basta seguir a rua à direita da Ópera  Garnier e já na próxima esquina verá o enorme edifício da Galeria. Fomos até lá. Realmente é enorme por dentro, com as grandes marcas e grandes preços para todos os lados. Foi o lugar onde encontramos mais brasileiros em Paris (não necessariamente cheios de sacolas). Pelo que percebi as pessoas ainda têm essa ilusão de as grandes marcas serão mais baratas na Europa que fora. Elas apenas esquecem o pequeno detalhe da globalização e da internet. Antes disso sim existia essa diferença, afinal apenas os mais ricos poderiam ir até a Europa, mais atualmente muito dos produtos europeus estão por todo o globo, então existe aquela expressãozinha básica do mercado: padronização de preços. Não que algumas coisas não sejam mais baratas, claro que são, principalmente as marcas europeias locais.

 

 

Bem, depois de darmos uma volta pela galeria, saímos e fomos para a casa do nosso coucher, afinal tínhamos que jantar e preparar a mochila para viajar no dia seguinte. 

 

Depois o Arty chegou, ficamos conversando um pouco, comemos uns queijos e vinho, tiramos uma foto para registrar o momento e assim fechamos nossa estadia em Paris.