Sou mulher, mochileira, viajante independente e louca pelo mundo. Parte_2
Muitas vezes temos que acordar muito cedo para
seguir viagem, afinal se dispomos de tempo as passagens mais econômicas são aquelas
cujos horários ninguém quer, seja para ir seja para chegar. Já tive que passar
7h num trem apenas para chegar a um porto de onde sairia um navio para Croácia,
pois era muito mais barato que pegar um avião. Já fui caminhando para um ponto
de ônibus às 4h da manhã no sul da França. Bem como já estive esperando uma van
para fazer uma excursão às 3h30 da manhã no frio do Deserto do Atacama no Chile.
Passei horas ouvindo um DVD super alto numa van quando ia de Cartagena de Índias a Santa Marta
na Colômbia. Já perdi a conta das vezes que viajei mais de 24h num ônibus, nem
sempre confortável, mas o prazer de chegar ao destino...ahhhh a sensação que te
dá ao chegar ali sempre vale a pena!
Outra coisa que nos caracteriza é a famosa
mochila. Ela é vista como artigo de estudante, de adolescente, ou seja,
sinônimo de irresponsabilidade. Ser mochileiro não tem idade. É opção! Simples
assim! E porque levar uma mochila? Ela é prática em todos os sentidos. Não
precisamos ficar carregando malas e ocupando o espaço de hostals ou da casa de
quem nos recebe. Por ser compacta ela também nos oferece mais segurança caso
alguém queira abri-la. Depois estamos com as mãos livres e ela também é mais
prática porque sabemos que não precisamos de mil roupas para uma viagem. E podemos
ir a qualquer lugar: subir escadas, montanhas, etc. A cada viagem descobrimos
que precisamos cada vez menos de determinadas coisas até chegarmos ao ponto de
termos apenas o que será realmente útil.
Para este tipo de viajante não estamos apenas “turistando”. Fazemos parte do dia a dia. Andamos de transporte público, compramos passes, caminhamos pelos lugares e com o passar dos dias estamos inclusive cumprimentando algumas pessoas. Não as vemos como peças exóticas. Muitas vezes me sentei em algum lugar para conversar com alguém, jovem, adulto, criança e idosos. E algumas das vezes sem estarmos os dois falando o mesmo idioma, mas isso não interferiu na comunicação. Muitos mochileiros se sentem um pouco superiores, soberbos até, frente as demais pessoas. Isso realmente acontece porque vemos e vivemos a realidade de muitas outras sociedades, nos adaptamos a elas enquanto a maioria das pessoas não consegue sair da sua zona de conforto.
Para este tipo de viajante não estamos apenas “turistando”. Fazemos parte do dia a dia. Andamos de transporte público, compramos passes, caminhamos pelos lugares e com o passar dos dias estamos inclusive cumprimentando algumas pessoas. Não as vemos como peças exóticas. Muitas vezes me sentei em algum lugar para conversar com alguém, jovem, adulto, criança e idosos. E algumas das vezes sem estarmos os dois falando o mesmo idioma, mas isso não interferiu na comunicação. Muitos mochileiros se sentem um pouco superiores, soberbos até, frente as demais pessoas. Isso realmente acontece porque vemos e vivemos a realidade de muitas outras sociedades, nos adaptamos a elas enquanto a maioria das pessoas não consegue sair da sua zona de conforto.
Muitos acham super legal e fácil viajar assim,
mas dá trabalho definir o roteiro, pois queremos ir além dos pontos turísticos.
Dá trabalho encontrar as promoções e tickets mais baratos. Temos que ficar
reunindo informações de todos os lados. Às vezes também dá trabalho ter que
avisar que estamos bem quando estamos num lugar que não tem internet e nesta
era da informação rápida, esperar dias para uma carta chegar pode ser a aflição
dos pais. O nosso instinto natural de sobrevivência fica no ponto máximo, temos
que confiar em nossas intuições. A intuição e a mochila são as únicas coisas
que levamos de realmente importante conosco a todos os lados. E sabe o que eu
acho ser a grande sacada de viajar assim? Que não temos medo de ir a alguma
cidade e de sermos mais um por um tempo. Queremos ser mais um. Sentimos a
necessidade de “estar” e não apenas de “ir”. Isso faz diferença.
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