EUROPA_12: Bélgica: Bruxelles 02 e Paris 06
No post Bélgica: Bruxelles 01 foi o meu relato do dia
escrito enquanto estava no ônibus voltando à Paris, mas muitas coisas passaram
nestas poucas horas em Bruxelas. Agora que revejo sinto que realmente sou uma
heroína. Rsrsrsrrs Parece inacreditável tudo o que consegui fazer nesta viagem
e mais ainda neste dia.
Quando vi que meu dia em
Bruxelas ficou super reduzido, decidi que desceria do ônibus e iria diretamente
a Grand Place, mas acontece que quando o ônibus foi entrando pela cidade
percebi o quanto é realmente bonita e passamos em frente a uma linda igreja, a
Catedral e pensei: preciso descer aqui e ir até ela. Mas para minha surpresa o
ônibus não parava e continuou seguindo e seguindo e eu memorizando todo o
trajeto para quando descer voltar pelo mesmo caminho. Só que quando foi
chegando na Estação Gare Du Nord (não existe uma rodovirária. O bus para exatamente
em frente desta estação onde há uma sala da Eurolines), o caminho foi ficando
ainda mais bonito, com uns edifícios super modernos de bancos e a famosa
escultura que sai do chão como disse acima. Nem preciso dizer que quando a vi
fiquei louca e voltei a memorizar o caminho, agora pensando na escultura
também.
Uns 15 minutos depois desci
do bus,tive toda essa péssima impressão da estação. Quem conhece a Estação
Central do Rio às 22h pode fazer uma idéia (ou mesmo o centro velho de Sampa à
noite) de quantos mendigos podem ficar ali. Bem, fui procurar um posto de
informação (que não existe), na banca de jornal perguntei se havia algum mapa
de Bruxelas e qual metrô pegar dali até a Grand Place e a mulher super sem
vontade disse não saber. Como alguém que mora em Bruxelas pode não saber onde
fica esta praça, sendo a cidade tão pequenina como é? Impossível. Falta de
vontade mesmo e foi essa a mesma resposta que tive do rapaz da boleteria do
metrô. As pessoas falam muito de Paris, mas se compararmos a Bruxelas, os
parisienses são super fofos. Parece exagero, mas não é. Ao menos aí na estação
ninguém te ajuda em nada o que por si só te deixa super nervoso em perceber
tanta má vontade num lugar repleto de mendigos que ficam todo o tempo atrás das
pessoas que chegam sejam do metrô seja dos ônibus de viagem. Enfim, como não
tinha tempo a perder e queria sair dali o mais rápido possível porque aquela estação
é o típico lugar onde parece estar escrito um imenso cartaz que diz: “Você será
roubado, basta esperar quando!”, decidi e fiz o percurso que tinha memorizado. Saí e
fui voltando pelo caminho do bus. Quando sai da estação você se encanta com a
cidade. Limpa, bonita e o que mais gostei é que todas as praças têm esculturas,
muitas metálicas e super modernas. Segui o caminho até a avenida principal e
fui caminhando e admirando as ruas e as construções. Arquitetura
linda. Mas me senti bastante insegura. É fácil dizer que não temos
preconceitos quando apenas vemos filmes, mas descobri todos os preconceitos que
nem sabia que tinha quando estive na França e na Bélgica. Ver tantos negros
gritando, falando alto e os árabes com aquelas caras sempre mal humoradas não
foi fácil. Eu tive sim muito medo de todos aqueles grupos, porque sempre estão
em grupos, tanto as mulheres como os homens.
São diferentes e o diferente
causa medo sim. Imagino que o mesmo passa com qualquer pessoa de outra cultura
que venha à América Latina.
Vejam quanto papelo e lixo tem pela rua! Impressionante! |
Bem, continuei admirando
tuuuuudo: as pessoas, os edifícios e abracadabra! Lá estava a minha escultura.
Linda, linda. Tirei fotos, fiquei em frente e a admirei por todos os ângulos
possíveis. Um carro com dois árabes passou e perguntou se eu queria que tirasse
uma foto. Eu fiz sinal que não e eles passaram e ficaram fazendo um montão de
elogios à minha beleza latina. Foi divertido entender alguma coisa entre o
francês e o inglês que ele tentava falar. Fiquei com medo? Não. Era um carro
que passava e que apenas mexeu comigo, isso no Brasil é o mesmo que encontrar
garotos jogando bola na rua: comum. Claro, que se eles tivessem parado o carro
eu teria saído rapidinho dali, mas o sinal abriu e eles seguiram viagem. Admirei
mais um pouco a escultura e havia uma outra em frente a ela também e segui pela
avenida. Ao fundo já via a igreja de quando o bus havia entrado na cidade e
confesso que estava despreocupada em chegar a Grand Place porque ali era tão
bonito que pensei que era próximo (o que não era!). Entrei em algumas ruas, encontrei
uma linda igreja medieval e então estava em frente a uma loja com um nome que
eu conhecia e que eu tinha o endereço no meu caderninho: GODIVA. Simmmm, era a
fábrica da Godiva.
Apareceu uma moça jovem e árabe e que não falava nada além do árabe, nem francês...nada! Por sorte tudo tinha preço, mas os preços eram tão baratos que eu tinha que confirmar que era aquilo mesmo, afinal estava com pouco dinheiro e última coisa que eu queria era que a conta desse um montão de euros e eu explicar que não tinha aquela quantia. Enfim, fomos nos entendendo e fiquei passeando pela pequena loja, parece as da Cacau Show, e escolhi algumas barras de chocolate que estavam na promoção para a minha família e comprei dois sacos que tinham pelo menos 1 quilo e meio de chocolate cada uma para mim. Foi um luxo e tanto que me dei. Mas era a minha viagem. O meu sonho e felizmente eu tinha o dinheiro para sonhar. ;) Eu passei toda a viagem comendo estes chocolates. A última trufa se foi em Milano quando arrumava a mochila pela última vez.
Saí da loja toda contente e
serelepe. Sentei na linda praça que havia e que tinha uma placa dizendo que o
chocolate belga tinha ganho em 2010 o título de melhor chocolate do mundo.
Sentei-me no banco, abri os dois pacotes porque queria provar um de cada e não
achei nada diferente, até grosseiro e foi aí que eu lembrei que eu estava
comendo um dos melhores chocolates do mundo como se fosse um bombom qualquer.
Coloquei na boca novamente e deixei que ele deslizasse e derretesse. Foi uma
explosão de sentidos! É diferente, é fino, elegante, gostoso, enfim....que
momento glorioso. Fechei bem meus pacotinhos e fui em direção a igreja.
Chegando lá a danada estava fechada, só abriria mais tarde e eu não podia
esperar, meu ônibus saia às 17h e já eram 15h30. Dei a volta e a vi por todo
seu exterior e como já estava morrendo de fome fui num bar que tinha visto e
também registrado do ônibus por causa dos preços baixos.
Era uma pequena
lanchonete árabe e eu pedi apenas as famosas batatas fritas belgas para levar
porque não tinha tempo para comer ali se eu quisesse ir até a Grand Place. Ali
tentei falar com alguém que me dissesse como chegar e como não podia ser diferente
todos falavam apenas francês, por sorte entraram uma senhora com a filha e a
amiga desta falava um pouco de inglês (quando eu digo pouco é poooouco,
palavras soltas), mas me ajudou e disse qual ônibus pegar, fazer combinação com
o metrô e onde descer. Só que o tal ônibus demoraria a passar. Não pensei duas
vezes e refiz todo o caminho até a estação de metrô ao lado da fábrica e da
loja da Godiva e lá olhei o mapa e pedi mais informação para confirmar com o
rapaz da bilheteria que foi super atencioso. Aproveitei e já comprei o ticket
de volta, pois teria que voltar à estação de metrô, pois meu tempo se esgotava
rapidamente. Passei pela roleta e ouvi um senhor gritando: “Mademoiselle,
mademoiselle. Ticket”. Sim, na correria tinha esquecido o danado do ticket e
sempre temos que estar com ele para comprovar que pagamos a passagem para o
caso de uma fiscalização. Na estação, fiquei perdida porque não havia todas
aquelas explicações que existem nos metrôs de Paris e perguntei a uma jovem se
falava algo além do francês e nada. Por sorte surgiu esse rapaz da Romênia que
me acompanhou no metrô e depois para fazer a baldiação. Como encontrei almas
boas nessa viagem. Agradeci a Deus a cada igreja que entrava, porque foram como
anjos para mim.
E finalmente cheguei a Grand
Place. Eram 16h e tinha pouquíssimo minutos. A primeira da impressão da praça
foi linda. Tinha um grupo de espanhóis cantando na rua, muita alegria, muita
gente. Na volta ainda fui procurando pelo Manekin Pis, mas me indicaram a
direção contrária e quando encontrei a placa certa já não dava tempo porque
estava há algumas quadras. Ainda parei para pensar, mas não tive dúvidas pois
não podia correr o risco de perder o ônibus estando com pouco dinheiro, sem
querer usar o meu cartão de crédito e ainda por cima num lugar onde muitas
pessoas conseguiam ser uma cópia um pouco pior que a dos parisienses.
O metrô
atrasou pra piorar minha ansiedade e da estação onde eu estava pra lá eram
apenas 3 estações, menos de 3 minutos, que se transformaram em vários! Na
Europa a gente aprende a contar os minutos super fácil, porque se o serviço
funciona bem você está sempre feliz, mas se não e você te compromisso com outro
transporte estará perdido porque não necessariamente o outro vai atrasar. Eu só
contava que o atraso da vinda acontecesse também na volta, senão eu já teria
perdido o bus. Desci como louca do metrô, com o pé doendo e mancando e enquanto
descia as escadarias vi o ônibus da Eurolines lá parado e cheio de gente.
Agradeci aos céus e só conseguia pensar: mais 5 minutos, mais 5 minutos e
chego. Cheguei, joguei a passagem no balcão, apontei e disse que aquele era meu
ônibus. O senhor falou pelo rádio, avisou que tinha mais 3 passageiros,
carimbou e abriu a porta. Me joguei no banco, agradeci mais uma vez, tirei o
tênis e comi chocolate toda a viagem de volta à Paris.
PARIS - 06
Pase el dia nada productivo en Belgica y cuando llegue converse un poco
con Beatrice, lleve un chocolate Godiva
que habia comprado para Antoine como agradecimiento por todo, conversamos un
poco y fue acostarme porque tempranito al dia seguiente iba en direccion hacia
el sur de Francia: empezando con Avignon. Estaba dejando Paris.
Puedo no tener gustado mucho de Paris como ciudad para vivir, pero la gente
que conoci y todas las experiencias que vivi mientras estaba ahí fueron
increibles. Hice muy buenos amigos.
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