Patagônia Argentina: San Martin de los Andes - Parte 1
Desta vez
minha mochila e botas levaram-me para a Patagônia Argentina e é preciso
especificar pois esta região está entre a Argentina e o Chile e cada país tem a
sua região patagônica. (E conversando com o pessoal vai descobrir vários
perrengues entre os países por causa disso).
Entre os
últimos dias de maio e início de junho de 2019 estive nesta região para passar
o meu aniversário conhecendo algumas cidades. Foram 8 dias e três cidades e
duas províncias: San Martin de los Andes e Villa la Angostura estão na
Província de Neuquén e Bariloche, na Província de Rio Negro, a mais conhecida do
sul pelos estrageiros.
A viagem
começou e terminou por San Martin e foi a que mais gostei. Na verdade, não é
ainda uma cidade. É um povoado, um vilarejo de montanha muito charmoso graças a
sua vegetação e ao lago Lacar do Parque Nacional Lanín.
Curiosiando: Por que San
Martin de los Andes?
Meu lado
historiadora precisa saber de algumas coisas, então, vamos lá. Essa região primeiramente
foi habitada pela tribo mapuche Curruhuinca. É visível a influência de sua origem na
região já que muitos nomes de lugares e de lojas são de origem mapuche. (E vai
perceber os traços físicos mapuche em algumas pessoas também). A cidade foi
fundada pelo coronel Celestino Pérez, em 1898, pois o Exército estava assegurando
a fronteira já que havia conflitos sobre a delimitação da mesma com o Chile. E
como está localizada aos pés da Cordilheira dos Andes, recebeu este nome.
É um destino barato?
Não é barato.
Como não é bem uma cidade há poucas opções no comércio em geral que também é
pouco. Inclusive para comer é preciso pesquisar bem os menus oferecidos. As
lojas de chocolate também têm uns preços que assustam à primeira vista, porém
nada que nos impeça de comer uns chocolatinhos enquanto curtimos a cidade.
Como é a cidade?
Pequena e
compacta e linda!
A avenida
principal é a San Martin que começa no Lago Lacar, como todas as demais ruas e
avenidas. Essa região mais cêntrica é composta por 13 ruas, sendo que centro
mesmo, onde há comércio e as pessoas circulam são 3, a av. San Martin e suas
paralelas. Saindo destas só encontramos residências, hostels, hotels e um ou
outro mercadinho de bairro.
(Ou seja, não importa onde estiver sua viagem nesta cidade estará reduzida a ir e vir pelas 12 quadras da av. San Martin até o Lago Lacar). As praças são muito bonitas, as lojinhas um charme à parte e passar um tempo pensando na vida em frente ao lago fará muito bem à alma. (Porém, se estiver muito frio não sente naqueles bancos não, afinal a ideia é conhecer e não congelar).
(Ou seja, não importa onde estiver sua viagem nesta cidade estará reduzida a ir e vir pelas 12 quadras da av. San Martin até o Lago Lacar). As praças são muito bonitas, as lojinhas um charme à parte e passar um tempo pensando na vida em frente ao lago fará muito bem à alma. (Porém, se estiver muito frio não sente naqueles bancos não, afinal a ideia é conhecer e não congelar).
O que mais impressiona?
Sendo muito
honesta o que mais impressiona é o horário da siesta: das 13h às 18h! Geeeeeeente
é muuuito tempo! Depois, o frio. Faz frio com vontade neste lugar e acredito
que o fato de estar rodeada por bosques ajuda nisso. E em terceiro, os bosques.
A vegetação é linda! De final de outono então uma loucura de linda. As cores e
suas tonalidades são incríveis e quando amanhece o dia que as copas das árvores
estão todas nevadas é bem bonito de ver. E por último, a comida. É excelente!
Resumindo, você tem todos os motivos para ir.
O que fazer?
No total,
estive 3 dias e meio e o que mais fiz foi diminuir o ritmo acelerado da vida e
caminhar pela cidade e como ela é pequena, mais ia e vinha que qualquer coisa
pelo simples prazer de fazê-lo. (E convenhamos, com tantas horas de siesta não
terá outra opção mesmo). Para quem já ficou uns dias na área rural, no campo, é
parecido mas ao invés de campo, montanha.
Fora esse niente da fare total, há poucas opções
de atividades nesta cidade em si. Na verdade são três: ir ao Cerro Chapelco que
é um centro de ski e fazer trilhas nos dois mirantes que há. E pronto. Acabou.
E imaginem que só fiz uma trilha, não fui à outra nem ao Cerro, mas eu o vi e
estava lindo, já ficando coberto de neve. Não fiz mais atividades porque alguns
dias choveram demais e eu estava em outra vibe. O principal mesmo é caminhar,
respirar o ar da montanha, sentar-se e observar a vegetação, o céu... e tudo
isso quando puder, pois é uma época de muuuuiiiiiita chuva. Descobri que quando
chove muito é porque a neve vai descer dos morros e montanhas e chegar até as
cidades. E pela quantidade de chuva que cai alguns dias dá para imaginar como
neva!
Ah e tirar
fotos. Muitas fotos! Um pecado não fazê-lo num lugar tão fotogênico! Com ou sem
maquiagem, arrumado ou desarrumado, vai sair tudo lindo na foto!
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